
A cidade de Nova Ubiratã (MT) foi o ponto de partida para uma investigação que culminou, na sexta-feira (6), na deflagração da Operação Proa Clandestina pela Polícia Federal. A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada no roubo de aeronaves, tráfico internacional de drogas por via aérea e lavagem de dinheiro.
A operação cumpre 4 mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão, além de medidas de bloqueio de R$ 4,2 milhões em contas bancárias, sequestro e arresto de bens. Os mandados estão sendo executados em Nova Ubiratã, Sinop, Matupá e Guarantã do Norte (MT), além de Palmas e Porto Nacional (TO) e Dourados (MS).
As investigações começaram após o roubo de uma aeronave em fevereiro de 2023, no aeroporto privado de Nova Ubiratã, onde outra aeronave também foi danificada. Ambas estavam apreendidas judicialmente desde a Operação TUUP, deflagrada pela própria PF em março de 2022, e seriam leiloadas na mesma semana em que o crime ocorreu. A ousadia da ação chamou a atenção dos investigadores e deu início ao rastreamento da quadrilha.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso possuía uma estrutura logística sofisticada para a aquisição, preparo e manutenção de aeronaves utilizadas no transporte de cocaína. A organização operava principalmente em regiões de fronteira com a Bolívia e o Paraguai, utilizando pistas clandestinas para escoar grandes quantidades da droga.
As diligências continuam e novos detalhes devem ser divulgados ao longo do dia. A PF reforça que o combate ao uso da malha aérea por facções criminosas é uma prioridade nas regiões estratégicas de fronteira.